Por que junho é o mês do orgulho LGBTQIA+?

Junho é o mês do orgulho LGBTQIA+. Em condições normais, seria o momento de sair às ruas em diversas cidades do país. No entanto, em 2020 a celebração precisou ser adiada. Ainda que existam motivos para festejar tudo o que já foi conquistado, é também preciso reivindicar respeito e direitos pela luta contra a homofobia. 

Apesar de ser gostoso se orgulhar de ser exatamente quem você é, ainda há muito a se fazer. O Brasil segue sendo um dos países que mais comete crimes contra as minorias sexuais. Os números apontam que a cada 26 horas, um LGBTQIA+ morre no país.

Por isso, vamos voltar um pouco no tempo e explicar como esse grito de “basta!”, que ainda hoje é tão necessário, começou.

Como surgiu o mês do orgulho LGBTQIA+?

Tudo teve início com a revolta de Stonewall, em Nova York, no verão de 1969. Na madrugada de 28 de junho, um grupo de policiais invadiu o bar Stonewall Inn alegando falta de licença para venda de bebidas. O local era frequentado por gays, lésbicas, trans e outras figuras alvos de hostilização e de abusos policiais. Apesar das constantes batidas, a região era dominada pela máfia e os proprietários dos bares eram avisados com antecedência. Daí a surpresa quando a polícia fez uso da força sobre os clientes naquela noite. Mas em vez de se dispersarem e irem para casa, eles ficaram. E já estavam fartos de tudo aquilo. Sendo assim, revoltados e liderados por Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera, jogaram copos, garrafas e resistiram a prisão. Além disso, permaneceram por vários dias confinados dentro do bar e recebendo o apoio da comunidade que se amontoava do lado de fora. A rebelião durou seis dias e ficou marcada como movimento moderno de libertação gay e à luta pelos direitos LGBT.  

O que aconteceu depois?

Um ano depois, em 1970, foram organizados eventos que variaram de uma marcha altamente política em Nova York a desfiles em Los Angeles, San Francisco e Chicago. Hoje o mês do orgulho LGBTQIA+ é uma celebração global dessa comunidade, que envolve tudo o que já foi conquistado e o que ainda há de ser. Portanto, quando você comemorar o mês de junho, lembre-se da história, da luta e olhe para o futuro. É preciso que toda a violência física, moral ou simbólica ligada à orientação sexual ou identidade de gênero tenha um fim.

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